O futuro da Fundação Robinson

Acabei de receber a notícia a seguir reproduzida, com a devida vénia ao amigo Gabriel Nunes e à Rádio Portalegre, que continuo a ouvir e a ler, na sua página na WEB.

Ainda que pudesse ser esperada, é uma notícia dramática nas suas consequências. A cidade, os seus habitantes, a cultura local e também a nacional, os colaboradores da Fundação, enfim, um universo de pessoas e de interesses vai sofrer com a diluição de uma entidade vocacionada para projectos de invulgar dimensão. Alguns, apenas alguns destes, foram concretizados. Mas não é este o momento do balanço.

Aqui, no blog, já colocara esta mesmíssima e angustiada interrogação –Fundação Robinson, que futuro? Foi em 11 de Agosto de 2012 e tive agora a mais temida de todas as respostas.

Só posso por isso evocar o Poeta e reflectir sobre que erros, e de quem e quando, foram cometidos, sobre a eventual má fortuna encontrada, sobre os ardentes desamores acumulados e sobre a final perdição em que todos os males se conjugaram.

Foi um mau serviço a Portalegre e à memória dos Robinson. E não há responsáveis?

 António Martinó de Azevedo Coutinho

fundation

O executivo da Câmara de Portalegre decidiu hoje passar para as mãos do Conselho de Administração da Fundação Robinson a decisão de extinguir a instituição, alegando não dispor de meios financeiros para a continuar a alimentar.

 Na reunião de câmara desta quarta feira a presidente do município, Adelaide Teixeira, chegou a apresentar uma proposta para a extinção da Fundação Robinson, mas o documento acabou por ser retirado, nos termos em que estava redigido, por sugestão da oposição PS.

 Em declarações à Rádio Portalegre, o vereador do PS, Miguel Monteiro, disse que a proposta apresentada por Adelaide Teixeira era “um cheque em branco” passado à Fundação, que “não defendia os interesses da Câmara porque obrigava o município a assumir todas as consequências do actual estado patrimonial da instituição”.

A nova proposta, que contou com o voto contra do vereador eleito pela CDU, foi aprovada com os votos favoráveis dos quatro eleitos da CLIP e dos dois vereadores socialistas e será remetida aos órgãos sociais da Fundação Robinson que terão que indicar à Camara qual o processo de resolução que defendem, tendo presente que a autarquia não dispõe de meios financeiros para continuar a assegurar as despesas da instituição.

 O socialista Miguel Monteiro afirmou ainda que o PS não fecha o cenário de extinção da Fundação Robinson, aliás considera que essa é a hipótese mais provável.

 A Rádio Portalegre tentou, sem sucesso, ouvir o vereador da CDU Luís Pargana e a presidente da Câmara de Portalegre, Adelaide Teixeira.

  Gabriel Nunes/Rádio Portalegre

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